Pai, uma palavra tão pequena mais com um significado enorme. Sempre sonham em ter um filho homem, pra levar pra jogar bola, cantar as mulheres e tal. Mais que quando ele pega os teus braços a pequena e rosada menininha, seus olhos brilham de felicidade e junto ao olhar da sua pequena garotinha e que da li pra frente nasce um amor inexplicável, incomparável, indecifrável e eterno. Mais de repente tudo muda ao redor dos dois, o pai deixa a filha e a filha por ser muito pequena não liga, nem se importa, aliás ela não entendia muito bem o que estava acontecendo. Os anos vão se passando, e a menina vai crescendo e entendendo o que aconteceu no passado. As vezes ela ia na cidade onde o pai morava, pra visita. E quando encontravam aquele olhar se cruzavam novamente, o mesmo quando que o da maternidade. A menina ia em direção a ele, pulava em cima dele e o abraçava-o como se fosse a primeira vez que tinha o visto na vida. Ela se deitava ao lado do pai e ficava se comparando com ele, as mãos os olhos, o jeito de falar a forma de agir, como ela parecia tanto com o pai, era estranho, parecia irmãos gêmeos (risos). O pai as vezes ficava rindo e concordava com a filha e se orgulhava do “parentesco” . Ele riam juntos e se abraçavam. O conforto dos braços do ai a fazia se sentir bem, mais protegida, mais filha, mais “criança”. Pode parecer clichê, mais era verdade. Eles passavam o dia inteiro juntos, cozinhavam, batia perna, falavam mais dos vizinhos (risos). Mais como tudo que é bom dura muito pouco, no dia seguinte ela tinha que ir embora, precisava voltar pra sua casa, pra rotina entediante e sem graça. As vezes batia uma saudade do pai que ela mesma não saberia explicar, era uma saudade boa e as vezes vazia, escorria uma lágrima dos olhos dela, ela sorria de leve, secava a lágrima e tirava sua cabeça sobre seu pai. O pai não morava com ela, não ligava pra ela e nem se lembrava da filha as vezes, mais ela sempre tava com seus pensamentos nele. Não importava o que o pai era ou fazia, ela o amava de qualquer forma. Afinal aquele primeiro olhar na maternidade nunca foi em vão.
Júlia Fagundes
Sentimentos são vivos, não importa se falados ou apenas escritos, mas uma coisa importa sempre, eles passam de uma para outro, no olhar, terna e eternamente!
ResponderExcluirLindo seus texto!
Parabéns!