quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fernanda Young

E não há paisagem que seja mais linda do que o rosto do seu amor. Não há pôr-do-sol que valha desviar seu olhar do dela. Eu te amo. Eu também te amo. Eu te amo mais. Impossível. Eu te amo o mundo. Eu te amo o universo. Te amo tudo aquilo que não conhecemos. E eu te amo antes que tudo o que nós não conhecemos existisse. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo mais do que a mim. 'Já conheço os passos dessa estrada'... E, mesmo assim, estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida.

Father


Pai, uma palavra tão pequena mais com um significado enorme. Sempre sonham em ter um filho homem, pra levar pra jogar bola, cantar as mulheres e tal. Mais que quando ele pega os teus braços a pequena e rosada menininha, seus olhos brilham de felicidade e  junto ao olhar da sua pequena garotinha e que da li pra frente nasce um amor inexplicável, incomparável, indecifrável  e eterno.  Mais de repente tudo muda ao redor dos dois, o pai deixa a filha e a filha por ser muito pequena não liga, nem se importa, aliás ela não entendia muito bem o que estava acontecendo. Os anos vão se passando, e a menina vai crescendo e entendendo  o que aconteceu no passado. As vezes ela ia na cidade  onde o pai morava, pra visita. E quando encontravam aquele olhar se cruzavam novamente, o mesmo quando que o da maternidade. A menina ia em direção a ele, pulava em cima dele e o abraçava-o como se fosse a primeira vez que  tinha o visto na vida. Ela se deitava ao lado do pai e ficava se comparando com ele, as mãos os olhos, o jeito de falar a forma de agir, como ela parecia tanto com o pai, era estranho, parecia irmãos gêmeos (risos). O pai as vezes ficava rindo e concordava com a filha e se orgulhava do “parentesco” . Ele riam juntos e se abraçavam. O conforto dos braços do ai a fazia se sentir bem, mais protegida, mais filha, mais “criança”. Pode parecer clichê, mais era verdade. Eles passavam o dia inteiro juntos, cozinhavam, batia perna, falavam mais dos vizinhos (risos).  Mais como tudo que é bom dura muito pouco, no dia seguinte ela tinha que ir embora, precisava voltar pra sua casa, pra rotina entediante e sem graça. As vezes batia uma saudade do pai que ela mesma não saberia explicar, era uma saudade boa e as vezes vazia, escorria uma lágrima dos  olhos dela, ela sorria de leve, secava a lágrima e tirava sua cabeça sobre seu pai. O pai não morava com ela, não ligava pra ela e nem se lembrava da filha as vezes, mais ela sempre tava com seus pensamentos nele. Não importava o que o pai era ou fazia, ela  o amava de qualquer forma. Afinal aquele primeiro olhar na maternidade nunca foi em vão.     
                                     Júlia Fagundes